Monday, September 29, 2008

Era uma casa muito engraçada...

... mas essa tem teto e mais um montão de coisa.

Tá, era pra eu estar fazendo pesquisas, mas achei válido dar uma paradinha pra contar os 'causos' do bom e relativamente novo flat U3.

Primeiramente, quem somos:
U3A - Vinitha - Indiana - MSc in Urban Design
U3B - Vanessa - Alemã - MSc in International Hotel and Resort Management
U3C - Isabel (ou Isa) - Mexicana - MSc in Sports Nutrition ** e muito importante, a médica (de verdade, as in M.D) da casa.
U3D - George - Grego - MSc in Motorsports Engeneering (eles aprendem a desenhar carros de corrida e motos. meninos, morram de inveja).
U3E - Kaan - Turco - MSc in Marketing
U3F - Eu!! (Finalmente) - Brasil (duh!) - MSc in International Tourism Marketing

e U7D - Caleb - Americano - MSc in Motorsport engeneering ***** Caleb é nosso 'extended flatmate'. Explicação melhor abaixo.

Descrição básica do local onde vivo:
- Parece um hotel. Abre a porta, corredor cheio de portas e números identificando. No fim, você descobre que é um 'FLAT' porque tem uma cozinha comum a todos.
- Quase sempre as portas dos quartos estão abertas. Independente da bagunça interna. O entra e sái é constante e flatmates que não exatamente pertecem àquela porta vez por outra estão cochilando na sua cama enquanto você está trabalhando no computador...
- A cozinha, obviamente, é o ponto de encontro da casa. Normalmente à noite, porque durante o dia o desencontro é geral.
- É uma 'unspoken' rule da casa se anunciar quando chega. Tipo "querida, cheguei"...
- ... e sempre se checa a cozinha pra ver quem consta no recinto.
- Gregos e Turcos se unem quando necessário (nesse caso, quando são os únicos homens numa casa com 4 mulheres), mas brigam bastante, principalmente quando cozinham juntos.
- Os homens da casa são adeptos a cozinhar. Mas não conseguem fazê-lo sem começar uma discussão sem sentido envolvendo pelo menos 3 linguas diferentes.
- O extented flatmate passa mais tempo na nossa casa do que na dele. E só não tem uma chave porque a gente não tem $$ pra fazer. Mas já tem um armário na cozinha.
- A casa é poliglota e tem lições diárias de línguas. Palavrões são ensinados em português, espanhol, turco e grego.
- Até o fim do ano pretendemos conseguir contruir frases em grego e turco. Caleb já consegue. e ele também canta em português. e sabe falar gaylord em alemão.
- Acho que somos o único flat que de fato interage junto, quase o tempo todo.
- Tea parties são mandatory, todas as noites.


Fatos interessantes sobre cada flatmate:
- Vanessa já morou na jamaica.
- George é sempre o mais calmo, fala baixo e educado.
- Isa tem sempre as histórias mais engraçadas e apesar de ser a mais velha e médica é a mais desorientada.
- Kaan tem uma obsessão por cheerleaders. E tem medo de conhecer mulheres turcas porque uma cartomante disse a ele que ele ia conhecer a esposa turca dele aqui nessa viagem.
- Vinitha faz arroz e macarrão no microondas.
- Caleb tem um amigo 'half brazilian'. O amigo é primo de Maria Rita. E ele já conversou com Maria Rita no telefone. E Sim, o menino é sobrinho de Elis.

por enquanto é só... porque agora temos de ir comemorar o aniversário de uma das real flatmates do nosso extended flatmate!!

Sunday, September 28, 2008

the group.

Minha 'sala' se divide em 3 cursos distintos:


MSc International Hotel and Resort Management
MSc International Hospitality and Tourism Management
MSc International Tourism Marketing

o meu curso é o último.

São cerca de 60 pessoas. 25 nacionalidades. A boa e velha 'mistureba'.
Obviamente, a maioria asiáticos, em especial Chineses. Que também obviamente sempre estão juntos, em pequenos bandos, andando devagar e não se misturando com mais ninguém.

Duas semanas de curso. Algumas aulas, alguns trabalhos, muita leitura. E grupinhos. Fora o dos chineses, claro.
Engraçado e tentar explicar como um grupo TÃO variado, resolveu se juntar. Dentre as mais ou menos 10 pessoas, quase nenhum país se repete. Idades distintas. Gostos musicais distintos. Background acadêmico distinto. E cursos diferentes dentro dos 3 acima. Mas a maneira que as pessoas 'clicaram' é inegável.
E eu não sei sobre os outros grupos, mas a gente é consciente de que fizemos a escolha certa em se juntar. Vez por outra, normalmente quando se observa o grupo há alguns metros de distância, alguém faz o feliz comentário: "Yeah, we got the good group".

E ontem (ou seria hoje?), às 3 da manhã, esperando por um ônibus no frio, depois de soltar um: "I miss my friends right now", eu tenho a felicidade de ouvir do Sr Dinamarca (aka Peter): "But your friends ARE here" (apontando pro grupo).



Yeah, we got the good group.

Observações Oxfordianas...

Apesar do afastamento temporário do blog, que não foi proposital e sim por falta de tempo, deu tempo para que eu pudesse observar como funciona essa cidadela de torres góticas lindas, parques e gramados mais verdes do que normal.

Algumas observações...

A Cidade:
  • É primordialmente plana, mas é claro, eu 'escolhi' morar na única montanha que tem nela.
  • Pessoas usam bastante a bicicleta, mas nem de perto tanto quanto os Cambridgianos.
  • Pedestre, carro, moto, ônibus e bicicleta é tudo a mesma coisa na rua. E uns batem nos outros com relativa frequência.
  • Tem 'estilos' de funcionamento distinto: durante a semana, os não tão jovens estudantes e os true Oxfordianos estão espalhados pelos pubs. No fim de semana, os pré adolescentes barulhentos e irritantes se esparramam pelo McDonalds.
  • O sistema de transporte público nunca ouviu falar em 'pontualidade britânica'.
  • Parece ter pequenas cidadelas dentro dela de acordo com a rua em que estás: High Street, Cowley Road e nós, aqui no alto da montanha, em Headington.
  • Tem muitos parques. Muitos. E todos grandes e de grama verde 'radioativo'. E com pessoas esparramadas na grama ao mínimo sinal de sol (que será meu destino hoje, mais tarde).
  • É limpa e bem cuidada. Exceto de madrugada. Nesse horário é um exercício tentar pisar em um chão que não esteja coberto de chips, ketchup, maionese e restos de kebab.
As pessoas:
  • Freshers (ou calouros, como melhor lhe convir) Ingleses são a escória da humanidade. Talvez as escolas - e principalmente as famílias - devessem se preocupar em ensinar a essa 'juventude' uma lição ou duas em 'social skills'. e educação doméstica, também.
  • Ser loira e usar cabelo 'a la Amy (Winehouse)' é pré-requisito, pra qualquer coisa, pra ir à qualquer lugar.
  • E usar pouca roupa também. Acho que todas as Inglesas são provenientes do Pólo Norte e sentem muito calor aqui.
  • Meninos Ingleses ainda acham que é legal usar a gola da camisa pólo pra cima.
  • Quando se bebe, ficar alegre, no brilho, bebinho, joínha, não é suficiente. O négocio aqui é "Beber, cair..." e só, porque normalmente não se consegue levantar.
  • A mesma escória supracitada, quando se junta com as 'ex-escórias' - os Freshers que 'cresceram' - bêbados após uma balada (ou duas, ou três...) dá em merda. Em meninas histéricas gritando pela rua, homens tentando brigar até com o poste porque ele estava no meio do caminho, gente jogando comida uns nos outros, de maneira agressiva, gente deixando menina em estado de 'semi-coma' no meio da rua e ninguém se dignificando a pegar um celular e chamar uma ambulância.


É... ainda bem que sou estudante internacional.

Friday, September 12, 2008

Os Londrinos...

Seguintes observações sobre os Londrinos:
  • Eles apreciam a tecnologia dos telefones móveis - vulgo celular - afinal, andam com os mesmos grudados no ouvido 24/7;
  • Os idosos não tem medo de circular pela cidade, independente de suas condições de locomoção;
  • Apesar da aparência carrancuda, são simpáticos e sorriem de volta quando se sorri para eles;
  • São educados... e apreciadores da boa educação, retribuindo gentilezas com muitos agradecimentos;
  • Não tem uma cara definida, afinal, nunca se sabe quem de fato é Londrino;
  • Tem estilo - para todos os estilos - mas olham pra você dos pés a cabeça para ver qual o seu;
  • São apreciadores da 'loura' - bebem cerveja felizes, na hora do almoço;
  • Fumam menos do que o esperado, mas ainda assim o fazem bastante;
  • E assim como o resto do mundo, adoram o Brasil.

Wednesday, September 10, 2008

Comunicação

Quem me conhece sabe: eu falo, muito. Normalmente falo demais, falo com amigos, falo com desconhecidos, falo com objetos inanimados. Falar pra mim é essencial. Conhecer pessoas também. Não consigo conceber a idéia de viajar sem conhecer ao menos 1 nova pessoa. E isso independe da companhia com que eu esteja viajando. Com os amigos, faço novos amigos, adendos ao grupo. Com a família, faço o mesmo - afinal, quantas pessoas você conhece que já fizeram uma tripulação reclamar do barulho, porque estava em animada conversa, com um grupo de ‘desconhecidos’? Viajando sozinha então... A necessidade parece que se multiplica, fica meio megalomaníaca e preciso é falar com muita gente.

Vôo Recife - Londres: Ficar sozinha, no salão de embarque, com Ipod sem fones de ouvido (sim, eu sei, precisa do fone pra ouvir, mas eu perdi o meu e custava 99 dólares no free shop. Não, obrigada), e ainda assistir aqueles grupinhos de viagem formados. Velhos, jovens, homens de negócio, casais. Me senti meio excluída, admito. Não agüentei, e na cara de pau me aproximei de um grupo de jovens com carinhas simpáticas - eu tinha ajudado uma das meninas com meu saquinho plástico pra líquidos pouco antes - aí pronto. Virou festa. Todo mundo indo estudar fora, todo mundo feliz e por coincidência - ou não - todo mundo sentado junto.
Mas minha necessidade de mais não se acalmou com um GRUPO de pessoas. Não, eu precisava de mais - além de continuar precisando de um fone pro meu Ipod. Perto da gente, um par de gringos. Falei oi, e de longe, pedi um fone ‘extra’. Num é que os meninos tinham. Veja só a solução. Depois fui conversar, claro, como sempre (e pras meninas que eu sei que estão se perguntando, sim, um deles era lindo!). E ainda não foi suficiente. Pra completar ainda fui conversar com os comissários de bordo do vôo, que apesar de ser da TAP, era extremamente simpáticos e brincalhões - a explicação deles: “somos a ‘turma jovem’ da empresa, os velhos carrancudos estão sendo substituídos” (ponto para TAP).

Terminei o vôo ouvindo música, cheia de MSN novos, com casa pra ficar no Porto e ainda com lugar pra ficar durante a Oktoberfest.

Maravilhoso o poder da comunicação, não?

Saturday, September 6, 2008

Despedir-se...

Acho que depois da 'burocracia' que uma viagem exige a pior parte de ir é se despedir.

Despedidas, como festas, são até legais. Mas é porque quase ninguém, de fato, está te 'mandando embora' naquela festa... ainda falta um tempo, outros encontros, outras conversas. Aquilo ali era só formalidade.

E quando a gente tem de se despedir de quem a gente ama? Daquelas poucas pessoas que fazem você querer ficar. E eu não sei vocês, mas eu tenho algumas dessas pessoas na minha vida, aquelas que você pensa: "putaquepariu, será que devo ir mesmo?".

Mas não se enganem, eu não deixaria de ir por uma dessas pessoas, mas que elas fazem você sentir uma dorzinha no coração, isso elas fazem.

E essa dorzinha me faz lembrar aeroportos. eu adoro aeroportos. sei que tem que odeia, acha triste. eu acho divertido. ver as pessoas indo embora, chegando, passeando. gente nervosa, gente feliz, gente ansiosa, gente triste, gente puta da vida porque tá indo pra os cafundós do judas trabalhar.

Mas a despedida no aeroporto é estranho. Eu já tive my share de despedidas aeroportuárias.
Na 1a vez juro que achei legal, chorei, alias, devo ter chorado, não lembro, mas eu choro com tudo, então devo ter chorado. Mas tava feliz, muito feliz. E sabia que ia voltar. Então pra mim era um 'até jajá, vou ali passar frio e já volto'.
Na 2a já foi diferente. Tava indo a gosto e contragosto. Queria ficar. Achava que tinha motivos nobres pra ficar - haha - e mesmo sabendo que ia voltar, sabia que tudo ia estar diferente. Não estava. Mas eu achei que sim.

Mas pra mim sempre fica aquela impressão que enquanto você está na merda, por estar ali se despedindo, sempre tem alguma pessoa - e normalmente é uma daquelas por quem você pensaria em ficar - que está sorrindo. E isso me deixa mais na merda ainda, porque eu sei que a pessoa não está feliz, tá sorrindo pra disfarçar, não mostrar a tristeza, mas o irracional do momento só deixa você ver o sorriso. E nessa hora o sorriso dói. muito.

Por isso, pessoas que me fariam ficar, não compareçam ao saguão do aeroporto
.

Thursday, September 4, 2008

'Pré'-parativos

Hora de ir, de novo.
Bem, quase.
Essa é a pior hora, sem dúvida. A parte pesada da 'arrumação' já passou. Vistos, cartas de confirmação, dinheiros. Agora fica a parte chata: médicos, remédios, burocracias e listas - infindáveis listas.
O que falta fazer, o que falta comprar, o que falta resolver.
Até agora, minha lista está assim:
  • Remédios: Neosaldina (não gosto de tylenol); Xantinon (sim, gosto de beber); Dramin (eu enjoo no avião)
  • Colocar vestido longo pra lavar
  • Devolver Ipod de Walter
  • Comprar cachaça (02 garrafas pra Andreas)
  • Jurupinga (roubar de Thamy ou Claudia)
  • Presentes: Cris (??); Emily (chinelo); Andreas (cachaça)
  • Resolver celular TIM
  • comprar meias
  • enviar encomenda pra Annie
  • cortar/pintar cabelo
  • dentista (de novo)
  • unhas

Bom saber que tenho até terça-feira pra resolver...